Funk Brasil - DJ Marlboro comanda a massa

Podem começar a chorar, hypes descolados que sofrem de funkfobia. O DJ Marlboro mostrou com quantos beats se faz um baile funk para balançar o popozão da paulistada antenada. Pilar do funk carioca, o DJ está na estrada há mais de 20 anos e foi uma das atrações do Skol Beats, em São Paulo, o maior evento de música eletrônica do país. O DJ tocou no meio do sambódromo do Anhembi, em cima do caminhão do trio elétrico da Pepsi, que estava situado entre o palco principal e as tendas.

Enquanto o DJ Patife mandava aquele sonzinho aguado no Live Stage e a sensação Tiga (DJ canadense) lotava a tenda The End, Marlboro desfilava o melhor do funk para uma multidão. Teve desde MC Leozinho, dono de "Se ela dança eu danço", o hit do momento, até "Elas estão descontroladas", passando, como não podia deixar de ser, por Tati Quebra-Barraco. Assim falou um carioca, com sorriso estampado no rosto: "Paguei 300 pratas de avião para ver um baile funk em São Paulo, é inacreditável".

O investimento é válido porque não há nada mais divertido, no melhor dos sentidos, do que ver os paulistas engolirem o preconceito e a marra de descolados cosmopolitas e se esbaldarem no batidão. Mergulhados no set e fazendo tudo que seu mestre Marlboro mandava, bateram bundinha e obedeceram aos comandos do DJ: todo mundo cantando o refrão com as mãos para o alto. Bonito de ver.

O funk é a música eletrônica brasileira
Isto posto, conclui-se: o funk extrapolou as fronteiras do Rio, o "estrago" é irreversível. O estilo levou cerca de dez anos para sair do subúrbio e chegar aos bem nascidos da zona sul carioca. E agora, depois de uma breve passada pela novela das oito, chega com sucesso a São Paulo, a meca da cena eletrônica nacional.
Vale lembrar que a escalação de Marlboro para o festival foi bastante discutida. Uns disseram que era uma heresia, entre delongas preconceituosas. Outros resolveram poupar energia dessa discussão boba para melhor gastá-la na pista de dança. No meio da confusão, palmas para a produção do evento, que resolveu peitar e partiu para a inovação. O que deu munição para os adeptos da seguinte teoria: o funk carioca é a autêntica música eletrônica brasileira.

Antes que os apressados disparem que é tudo uma cópia do miami bass, vamos aos fatos. Corta para 1982, Brooklyn, Nova York. O hip-hop começa a tomar forma e o rapper Afrika Bambaataa (novato à época) tem a seguinte sacada: juntar a base rítmica do estilo que então surgia com os teclados do alemão Kraftwerk. Nascia a fundamental "Planet Rock", com uma batida que ecoa até hoje.

Em Miami, sexo substituiu engajamento
O hip-hop aportou em Miami poucos anos mais tarde. Foi muito bem tratado pelos os produtores locais: ganhou graves mais gordos, uma batida mais forte e, talvez por conta da praia ou da aura festeira da capital da Flórida, letras que beiravam a mais pura sacanagem. É isso mesmo: sai o discurso social dos negros engajados de NY e entra o sexo em cena. Era um tal de "shake your booty" pra lá e pra cá que não acabava mais.

É na produção em massa da vertente Miami do hip-hop que o funk carioca vai se "inspirar". Lá no meio da década de 80, os hits dos bailes de subúrbio eram as músicas gringas adaptadas para o português: mantinha-se a base original e criava-se a letra em cima. Depois de toscamente gravadas, eram tocadas pelos DJs nas noites com sucesso garantido. Atire a primeira pedra quem nunca dançou ao som de "Mulher feia cheira mal como urubu". Guardadas as proporções, o funk, assim como a bossa nova, se utilizou de elementos de música gringa para forjar algo novo, inédito e genuíno.

O próximo passo para dominar o mundo já foi dado. Os pancadões das favelas do Rio invadem o exterior cheios de pompa e circunstância. A prova mais recente está na figura do DJ Diplo. Em 2003, o americano descobriu o funk com amigas brasileiras em Nova York e, desde então, vem usando elementos do estilo em suas produções.
Responsável pelo disco da cantora M.I.A, sensação do pop e do último Tim Festival, Diplo usou samples de hits dos bailes daqui para entregar autênticos pancadões à cantora do Sri-Lanka - tire a prova ouvindo a nervosa "Bucky done gun". Logo em seguida, o DJ usou seu selo para lançar nomes do funk brasileiro no exterior.
Quem também pega carona nessa onda é Edu-K. Ex-vocalista do grupo de rock De Falla, ele produziu a atual darling dos DJs gringos. Com os vocais gritados de Deize Tigrona, "Sex-o-matic" vem fazendo bonito - entrou na compilação do mês passado da importante revista Mixmag, além de uma resenha elogiosa ao disco do rapaz na mesma publicação.

Podem reclamar, espernear, mas não dá para ignorar. O funk carioca é uma realidade, só não vê quem prefere se fazer de surdo.

A RAINHA DO FUNK (CARIOCA) JAPONÊS - TIGARAH

Entrevista com: Yuko Takabatake, ou melhor: Tigarah
O funk carioca está cada vez mais internacional. A japonesa Tigarah é uma prova disso. Com um EP lançado exclusivamente na internet e preparando seu primeiro álbum para o ano que vem, a cantora de 24 anos conta como conheceu e se apaixonou pelo funk carioca, que se tornou uma de suas influências musicais. De mudança de Tóquio para Los Angeles, ela conta também, nesta entrevista, porque largou uma carreira acadêmica para se tornar cantora e como a internet auxiliou na divulgação do seu trabalho.

Roberto Maxwell - Você diz em seu site que começou sua carreira depois de se formar em Ciências Políticas. Em que momento você desistiu da carreira acadêmica para se tornar cantora?
Tigarah - Bem, quando eu era adolescente, eu achava que atuando na política poderia melhorar este mundo. Era uma coisa meio naïve. Depois que eu entrei na universidade, eu compreendi que a maioria dos políticos não trabalham honestamente e fiquei chocada. Então, eu não queria ser mais um deles. Eu comecei a pensar em ser artista para expressar minhas idéias e passar boas energias para as pessoas. Eu queria fazer as pessoas felizes. Eu acredito que este é um dos melhores caminhos para fazer este mundo melhor. Por isso, eu escolhi a música. Foi há cinco anos atrás. Música tem mensagem, tá ligado?, e foi fácil para mim começar a fazer música. Eu sei que a indústria da música está cheia de porcarias mas, pelo menos, eu posso colocar a minha mensagem e atingir diretamente as pessoas. Eu ainda acredito que isso é uma coisa legal e é por isso que eu estou aqui.

RM - Quando e onde você conheceu o funk carioca? Por que você concluiu que o estilo poderia ser uma influência na sua música?
T - Pouco depois de eu ter começado a escrever músicas, eu encontrei o funk carioca. Foi numa festa na casa de um amigo brasileiro. Você sabe, embora a maioria das pessoas não tenha conhecimento, muitos brasileiros vivem no Japão. Por isso, eu conheci essa música bacana. Quando eu ouvi pela primeira vez, eu fiquei “QUE P. É ESSA???” (risos). O negócio bateu em mim e me trouxe um monte de inspiração. Eu não escolhi ou decidi que poderia ser uma influência. Simplesmente, comecei a escrever da minha maneira com o funk carioca, a partir daquele dia. Aconteceu naturalmente. :)

RM - Você diz que esteve no Brasil algumas vezes. Quais cidades do Brasil você visitou?
T - Basicamente, eu fiquei em São Paulo, onde meu melhor amigo mora. Mas, eu fui ao Rio também. As duas cidades são bastante legais. Eu fui num evento no Rio onde, por coincidência, eu encontrei o Mr. D que é meu DJ e produtor. Naquela ocasião, a gente decidiu trabalhar juntos, o que a gente vem fazendo há mais ou menos 3 anos. Fazemos música bacana desde que a gente se conheceu. Por isso, eu amo o Brasil!

RM - Você foi num baile funk no Rio de Janeiro? Lembra-se onde? Qual foi a sua impressão sobre o baile?
T - Eu fui há algumas festas no Rio. Uma delas, eu acho que foi num clube grande, próximo à praia de Ipanema. Era um local bem grande e eles tocavam outros estilos além do funk. Foi muito legal!!! Todo mundo dançando aqueles passos do funk. Coisa quente e louca, mesmo (muitos risos). Mas, estava todo mundo parecendo muito feliz e se divertindo à beça. Eu me diverti muito, também. Os brasileiros adoram dançar, beber e comer. Eu acho que eles sabem mesmo como aproveitar a vida. Isso é maravilhoso! Temos muito o que aprender com o Brasil!!! :)

RM - Você disse que encontrou o Mr. D no Brasil e começou a trabalhar com ele. Você já trabalhou com algum produtor brasileiro como o DJ Marlboro?
T - Eu conheci alguns produtores no Brasil, mas não produtores de funk. Eu adoraria encontrá-los da próxima vez que eu for lá.

RM - No Brasil, o funk carioca ainda é um estilo marginal, mas vem se tornando conhecido ao redor do mundo. Na sua opinião, por que o estilo consegue ser tão universal ao ponto de seduzir uma garota japonesa, como você?
T - Bem, eu acho que a batida do funk é uma coisa! É tão original, embora tenha algo de miami bass. Então, ela faz o povo dançar sem parar! Eu não entendo o que eles dizem, tá ligado?, mas eu fico louca para dançar quando eu ouço a batida. Eu acho que a língua não importa, as pessoas sentem a batida e querem dançar.

RM - Nos bailes funk do Rio de Janeiro, as garotas costumam se reconhecer em estereótipos como a "tchutchuca" (garotas que fazem a linha inocente, lolita), "tigresa" ou "cachorra" (garotas bem sexy que escolhem os caras que elas querem), "popozuda" (garotas com o bum-bum avantajado) e "purpurinada" (garotas que usam glitter no corpo, mais estilo fashion). Você sabia disso? Que tipo de garota você seria?
T - Que engraçado, isso! Eu não sabia! Deixa eu ver... Eu acho que às vezes eu sou tchutchuca, às vezes cachorra!!! (Muitos risos.) Sim, depende do clima e do cara, tá ligado?

RM - Quais são os temas das suas músicas? (Desculpa, mas a maior parte delas é em japonês e eu não pude entendê-las.) Você fala sobre sexo como as cantoras de funk brasileiras?
T - Não, não, não. Eu não falo sobre sexo. Minhas mensagens são sobre o egocentrismo na sociedade capitalista, choque cultural na globalização e o girl power. Às vezes, eu conto algumas estórias, também. Há algumas traduções no meu website. Dá uma checada.

RM - Você está lançando seu primeiro EP na internet de forma independente. Por que você escolheu a internet para lançar o CD? Você tem planos de ser contratada por uma major?
T - Hum, eu acho que as muitas pessoas usam computador hoje em dia e passam mais tempo na frente dele do que vendo TV. Eu fiz recentemente um myspace e achei que poderia ser legal mostrar minhas novas músicas para as pessoas, já que elas têm um pé no funk carioca que é um ritmo cool underground e, também, porque eu canto basicamente em japonês. Minha dance music é completamente diferente. É realmente uma nova dance music, tá ligado?. Nova geração. Por isso, as pessoas adoram. Mais e mais fãs aparecem através do MySpace. Eu compreendi que a internet é excelente, desde que você tenha uma música realmente boa.
Se eu estou planejando ter um contrato com uma major? Hummm, não sei... ;) O que eu quero é mostrar minha música para o máximo possível de pessoas ao redor do mundo e fazê-las felizes. Sendo assim, se o contrato com a major me permitir isso, tê-lo pode ser uma boa escolha.

RM - Você conhece as estrelas brasileiras Tati Quebra-barraco e Deize Tigrona ou outros artistas de funk do Brasil? O que você acha deles?
T - Claro que eu as conheço. Meus artistas favoritos são a Tati Quebra-barraco e o Bonde do Tigrão. Eles são muito bons! O Bonde do Tigrão faz um mix com o hip-hop, por isso eu gosto muito deles :)

RM - Existe algum tipo de “cena funk” em Tóquio? Tem clubes onde se pode ouvir e dançar funkcarioca? E DJ que toquem o estilo? Você já tocou em algum desses lugares?
T - Sim, alguns clubes tocam funk carioca, mas não são muitos. Dois ou três clubes em Tóquio e algumas outras festas brasileiras no interior do país. Muitos brasileiros vivem no interior do Japão, tá ligado? Eles formam suas próprias comunidades. Nesses lugares, há cultura brasileira e eles tocam diversos tipos de música brasileira nos clubes. DJ de funk eu acho que tem apenas um no Japão. Seu nome é Rokotsu Kit e ele é meu amigo. Não há muita gente que conheça o funk carioca aqui. Mas, ele tem muitas músicas e toca em tudo quanto é evento de funk Eu também já toquei em eventos de funk, em alguns clubes. E o Rokotsu Kit tocou também. Não há muitos conhecedores em funk no Japão, então todo mundo se conhece e quando há algum evento de funk, a gente vai lá e toca. Mas, a partir desse ano, mais pessoas estão conhecendo o funk, aos pouquinhos. É excitante ver como as pessoas reagem à música. Eu sabia que as pessoas no Japão iriam curtir o funk também e, das pessoas que eu conheço, eu fui a primeira a ter contato com essa parada maneira. ;)

RM - Você está se mudando para Los Angeles. Quais são seus planos para o futuro? Você tem planos de tocar no Brasil? Já tem alguma data marcada?
T - Sim, eu estou me mudando pra lá. Estou finalizando meu primeiro álbum ainda este ano e vou lançá-lo ano que vem. Antes, vou gravar um clipe. Por isso, vou andar bem ocupada em breve. Eu toco na Suécia em 20 de setembro. (A entrevista foi realizada duas semanas antes deste evento.) Minhas músicas são hits nas pistas de lá. Eu estou muito excitada. E, quer mais? Eu devo fazer um show no Brasil. Ainda não sei quando mas, com certeza, vou estar por lá em breve. Muito excitante!

Malha Funk - História

Malha Funk - Sinônimo de Alegria Brasileira

Fundado em fevereiro de 2000, o Malha Funk vem se destacando pelo seu jeito alegre de se apresentar. Composto por moradores de comunidades humildes do Rio de Janeiro, Padre Miguel, Marechal Hermes e Bangu, o grupo está indo cada vez mais longe, em busca do auge e do sucesso. Tanto é que os vocalistas Andinho, Geléia e os dançarinos Léozinho, Raphael e Edinho já possuem em seus currículos a participação na Minissérie Cidade dos Homens, da Rede Globo de TV (Outubro de 2003), a qual abriu portas para outros convites, como o Tim Festival no Rio de Janeiro e, em São Paulo, o Sonar Sound (Setembro de 2004), ambos junto ao Dj Malboro. Participaram também do programa Mulheres (TV Gazeta-2004) e mais recentemente do Mais Você (Globo), Sabadaço (Band), Bom D+ (Record), Caldeirão do Huck (Globo), Beleza Pura (Band), Super Pop (Rede Tv), Boa Noite Brasil (Band) e Show do Rio (CNT).

Dispondo de um repertório bem eclético, o Malha Funk vem conquistando os quatro cantos do Brasil, entre eles as cidades de São Paulo, Belo Horizonte Porto Alegre, Vitória, Mato Grosso do Sul, Recife, Bahia, Paraná, Santa Catarina, além do Paraguai. Seus maiores sucessos são trilhas sonoras obrigatórias nas melhores festas do gênero, como as músicas Virar de Ladinho (Cd Melhores do Dj Malboro, Sabadaço e Cobras e Lagartos). Nova Dança-Melô do James Brown (Cd Zoeira Funk 3, Dj Tubarão e Cd Matinê do Ricardo Gama), Malha Funk na Bahia (Cd Big Mix de Verão), Sunguinha de Bichinho, Noite Carioca, Kika Kika, BNHC, Clube das Mulheres, Tudo o que o Mestre Mandar, entre outras.

Assim, espalhando alegria e irreverência, o Grupo Malha Funk segue cantando e encantando todo país em busca de um só objetivo: mostrar para todos que dentro da favela não existe somente drogas e violências, mas também muita arte e cultura.

Eu Te Amo
Malha Funk

To ligado assim no teu jeito
To vidrado bem nos teus olhos
Na batida do teu coração
Louco pra te dar mais um beijo
Pra matar o nosso desejo
Só sei que te amar é tão bom
Nunca me entreguei tanto assim
Começo,meio e fim
Achei a dona do meu coração
É muito diferente com você
Sabe me levar até o céu
Faz me transbordar de prazer

Eu te amo
Eu te chamo
Eu te quero,toda pra mim

Eu te amo
Eu te espero
Até o fim,até o fim (Refrão)

Fergie | Big Girls Don't Cry

Fergie -> Big Girls Don't Cry
A música mais badalada do momento - [Fergie]

Da Da Da Da
The smell of your skin lingers on me now
You're probably on your flight back to your hometown
I need some shelter of my own protection baby
Be with myself in center, clarity
Peace, Serenity

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their
blanket
But I've gotta get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry

The path that I'm walking, I must go alone
I must take the baby steps til I'm full grown,full
grown
Fairy tales don't always have a happy ending do they
And I forseek the dark ahead if I stay

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their
blanket
But I've gotta get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry

Like a little school mate in the school yard
We'll play jacks and uno cards
I'll be your best friend and you'll be mine
Valentine
Yes you can hold my hand if you want to
'cause I wanna hold yours too
We'll be playmates and lovers and share our secret
worlds
But it's time for me to go home
It's getting late, dark outside
I need to be with myself in center, clarity
Peace, Serenity

I hope you know, I hope you know
That this has nothing to do with you
It's personal, myself and I
We got some straightening out to do
And I'm gonna miss you like a child misses their
blanket
But I've gotta get a move on with my life
It's time to be a big girl now
And big girls don't cry
Don't cry,
Don't cry,
Don't cry

La Da Da Da Da Da.